quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O peso do nada

Numa aula, o professor pediu para os alunos levarem batatas num saco plástico.

Pediu que escolhessem uma batata para cada pessoa por quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro do saco. Alguns dos sacos ficaram mesmo muito pesados!
A tarefa consistia em levar o saco com as batatas para todo o lado durante uma semana.
Com o tempo, as batatas foram-se deteriorando e com elas, surgia também a maçada de carregar constantemente o saco, que incomodava de tanto peso, para além de que tendo que prestar tanta atenção ao saco para não o esquecer em lado nenhum, os alunos deixavam de prestar atenção ao que era realmente importante para eles.

Esta é uma grande metáfora do preço que se paga diariamente por insistirmos em carregar com sentimentos de rancor, raiva e ódio que incomodam o nosso bem-estar interior e nos impedem de viver a vida como deveríamos.
Quando damos importância aos problemas mal resolvidos, por resolver, ou às promessas não cumpridas, os nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando-nos a alegria.


Queres continuar a viver assim?


Não, não se trata de esquecer. Trata-se de perdoar e deixar que estes sentimentos desapareçam de uma vez por todas das nossas vidas. Vamos libertar as pessoas, deixa-las viver as suas vidas e acima de tudo vamos libertar-nos a nós mesmos de maus pensamentos! Somos acima de tudo nós que sofremos com estas preocupações, somos nós que fazemos mal a nós próprios!

“E a coisa mais divina que há no mundo é viver cada segundo como nunca mais”

Vinicius de Moraes


Xi  ♥

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pelos caminhos da beleza

Questiono-me muitas vezes àcerca do porquê das minhas imperfeições. Então quando estou em dias de instabilidade interior, elas aparecem como pombas à volta do detentor de uma saca de milho nas ruas do Porto.
Nesses dias, e ao meus olhos, toda a gente tem menos defeitos que eu. Como sinos a anunciar um falecimento, ouço na minha cabeça hinos à beleza que os outros possuem e marchas funebres ao meu Eu deteriorado por pensamentos destrutivos.
Certifico-me cada vez mais que o meu bem estar exterior funciona como janela para o meu mundo interior. Quanto melhor estou por dentro, mais bonita me torno por fora! E modestia à parte, agora sim, estou a ficar uma belezura! :)
O que interessa mesmo é não querermos ser os outros. È demasiado fácil viver a vida deles! Agora viver a nossa própria vida e batalharmos todos os dias connosco mesmos, já tem que se lhe diga.

Mas vale muito a pena.

Uma batalha interior ganha é na realidade uma vitória muito merecida e com direito a festejos!

"Eu antes queria ser os outros para conhecer o que não era eu. Entendi então que eu já tinha sido os outros e isso era fácil. Minha experiência maior seria ser o outro dos outros: e o outro dos outros era eu."

- Clarice Lispector

Um dia muito muito feliz! ♥


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Acontece-te muitas vezes, eu sei.


Essa busca em encontrar uma pessoa que tenha as caracteristicas que gostas, que te faça sorrir naqueles dias em que acordas de mau humor, que tenha a paciência que tu não tens e não seja orgulhoso, como tu és.
Que seja bonito, porque queres ter por alguem o orgulho que não tens por ti.

Tu não queres alguem, tu queres O tal!

Neste aspecto, cito Osho:

"Não procures alguém que te complete. Completa-te a ti mesmo e procura alguém que te transborde."

O tempo encarregar-se-á de te trazer, não aquilo que queres, mas aquilo que realmente precisas :)

Beijinho no <3

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reflexo(e)s

Tu.

Tu, só tu e apenas tu.


È por ti o sorriso, a força, a vontade de vencer.

È por ti que vou á luta , que levanto a cabeça, ignorando comentários pessimistas e sem valor.

È por ti esta força que me leva a quebrar barreiras e ultrapassar todas as adversidades.

Por ti, por amor, por respeito e admiração.

Simplesmente... AMO-TE!

--> AMA-TE. ♥
Beijo, Ana.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

(Quero mais...) Certezas

Sinto-me sem vontade para escrever. Nestas alturas é tão mais fácil lermos os outros quanto desejamos ter a sua vida... Há dias em que falham as palavras, que se transformam num barco que navega dentro de nós, sem rumo nem cais, pronto para desembarcar apenas e só quando a maré esvaziar e as tormentas desaparecerem.
Hoje, falta-me a vontade. Mas não a perdi quando me encontrei aqui, neste excerto. As minhas ânsias num texto, tão peculiarmente elaborado! Sinto-me uma menina. Este texto foi feito para mim, propositadamente para mim, porque eu sinto isto exactamente e mais ninguem poderá ter sentido o mesmo. Mário Quintana andou a espiar-me! Mas o resultado foi tão bom que nem me apronto a fazer queixa.
Ah, a minha fragilidade por vezes devora-me os sentidos...
Mas hoje não quero brincar a isso. Hoje...

"Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho.
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena."

Fragmento do texto " Certezas" de Mário Quintana.
 
Para sempre,
Ana.