terça-feira, 29 de novembro de 2011

Para refletir

Será que estás a viver a vida que queres ou limitas-te a deambular na vida que tem de ser?! Tu és aquilo que fazes! E podes fazer tantas coisas...

Que barreiras te impedem de conseguir o que queres?

Que medos te impelem de chegares onde desejas?

Até que ponto irias para conquistar o que ambicionas?

Quem quer, arregaça as mangas.
Quem deseja, faz o impossivel.
Quem ambiciona vai á luta!

E tu? O que já fizeste hoje em prol do(s) teu(s) objectivo(s)?

Nunca baixes os braços. Nunca desistas!
Tens tudo o que precisas, dentro de ti.
Simplesmente...

ACREDITA!

O Céu não é o limite. È apenas o ínicio!

VIVE!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A realidade do meu querer

O que escolheria se pudesse ser o que quisesse?
Para onde iria se pudesse voar?
Quem escolheria se pudesse ter ao meu lado quem me apetecesse?
Em que dia pararia o tempo?
Por onde começaria se pudesse mudar o mundo?
Mas quem disse que não posso fazer todas estas coisas?

Claro que posso.
E posso porque quero, porque consigo.
Porque tenho em mim todos os poderes do mundo!

Hoje vou ser princesa.
Passear o meu vestido de raios de sol voando sob as nuvens, acompanhando os pássaros, parando o tempo na ternura de um beijo doce. E que esse beijo possa, em cada recanto do mundo, dar lugar a muitos outros beijos, para que o mundo se afague a ele mesmo e possa ser mais feliz.


Vou sonhar, vou voar, vou ser.

Neste pranto de esperança, que os meus gestos sejam o principiar de todos os gestos do mundo!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O poder da mudança

Há 10 anos atrás, quando apareci pela primeira vez em casa do Sr. João para lhe pedir ajuda com a festa de anos surpresa da sua filha, que é minha amiga, ele presenteou-me com poucas palavras e um ar severo.
O seu semblante carregado de doutrina e ar sabedor, que impunha por trás do bigode farfalhudo e do fato bem passado, anteviam a minha incapacidade de falar abertamente e de finalizar os assuntos com um sorriso aberto, como costumo reagir sempre que converso.
Quando apareci em sua casa, apresentei-me do modo que sabia, sem grandes pompas, porque fui simplesmente eu. Uma menina de 14 anos, diante de um doutrinado em regras de bom comportamento e rigidez, não poderia estender-se muito!
Respondeu ao meu pedido com dezenas de perguntas, carregadas de preocupação.

- Uma festa surpresa para a minha filha? Mas como? E vão fazer isso onde? Só se for ao início da tarde, mas tenho que pensar bem, falar com a mãe dela, que ela não pode andar por aí assim! E quem vai? Como vão comprar as coisas? – arrancando de mim toda a capacidade explicativa e paciência, respondi a todas as suas questões. Às vezes os actos mais simples tornam-se complicados!

Desde que conheci o senhor João que nunca lhe visualizei um sorriso na cara. Homem de poucas falas e andar recto na vida e nos passeios que dava com a família, levou aquele meu pedido como um favor que me fazia.
A rectidão que seguia, passou para o lar. Das poucas vezes que me atrevi a abeirar-me á porta de sua casa, tudo estava ordeiramente calmo e no devido lugar: Os filhos no quarto, a esposa na cozinha, e ele de lado para lado a inteirar-se da linha directiva da habitação.
Com educação, simplicidade e esmero na escolha de gestos harmoniosos, falei-lhe sempre como achava que deveria. Nunca deixei de ser eu, apesar de saber que naquela casa, todos se tinham habituado a poucas conversas, seriedade e linearidade. E eu, que por minha vontade não me calava nem um segundo, só me apetecia tocar á campainha, bater-lhe nas costas em jeito de cumprimento enquanto ele me abria a porta e entrar por lá a dentro a cantar, atirar-me para o sofá e berrar para que a minha amiga se despachasse.

Apesar do meu esforço por ser o mais simples possível, sempre tive noção de que o Sr. João desejava outro género de companhia para a filha. Alguém que tivesse posses e fosse visto como gente de bem. Que tivesse um nível cultural elevado, uma boa casa e mais do que isso, que fosse o melhor aluno. A seguir á filha, claro. Mas eu era moçoila da terra.
Possuía alegria para brincar, era gente de bem com a vida, tinha imensas casas de lençóis na eira da minha avó, um nível cultural elevado em música popular e era boa aluna mas apenas quando podia, que as brincadeiras ocupavam-me boa parte do tempo.
Durante vários anos, muitas foram as situações que passei para conseguir que a minha amiga pudesse dar um passeio comigo. Engoli muitos sapos, fiz muitos gestos harmoniosos, portei-me como manda o protocolo, mas nunca vi um sorriso na cara do Sr. João, muito menos um gesto de carinho.

Passaram-se 10 anos.

Hoje, enquanto dormia o meu sono de costume no comboio, ouvi a informação de que tinha chegado ao meu destino. Espreguicei-me interiormente, arranjei o cabelo desgrenhado pelo cair da cabeça em uníssono com o percurso do transporte e levantei-me. À minha frente, várias caras conhecidas mas uma que não pertencia àquele ambiente.

Peguei nas minhas coisas, levantei-me e cumprimentei o Sr. João.

Questionado pelo facto de ser ou não quem ele estaria a pensar, o Sr. João já estava há algum tempo a olhar para mim, disse-me.
Cumprimentou-me, alimentado pela curiosidade do meu crescimento enquanto me observava as mudanças de tantos anos. Naquele gesto observador, pude reparar na leveza do seu olhar, na facilidade dos gestos, que já não estavam coadunados com a rigidez de outrora.
Acompanhei o senhor até ao exterior do comboio e notei-lhe um ar humano, de vencedor. Seria aquela uma mudança interior ou apenas um dia bem disposto, um momento mais descontraído, que eu nunca pudera observar?
Retomei o passo lado a lado com ele enquanto o Sr. João me perguntava por mim. Eu estava ali, a responder-lhe, mas apenas em metade. A outra parte de mim estava a lembrar-se dos gestos harmoniosos, da escolha das palavras. Mas antes que pudesse pô-los em prática retomei-me na totalidade com o que visualizei.

O senhor João estava a sorrir!

Falou-me da filha, dos projectos, quis saber de mim. Sinto que fiquei ali muito pouco tempo comparativamente ao que desejava. Fiquei tão perplexa que me mantive non sense e mais ainda quando lhe ouvi o coração:

- Eu sei que nunca fui um homem de falar muito. Nem nunca te disse o que queria porque não me permito a afectos. Mas queria dizer-te uma coisa... Não sei é como explicar! Não quero ser mal entendido... È que... Durante todos os anos que te conheço, via em ti uma menina com muito para dar. Aquela tua capacidade de falar, de te exprimires... Ainda me lembro, até parece que foi ontem, quando tu me pediste ajuda para a festa surpresa da minha filha. Achei um gesto muito bonito. Mas nem foi só o gesto, foi a maneira como falaste, a alegria que transmites! Permite-me dizer-te, Ana, tu tens tudo para seres uma grande mulher. Ainda és muito nova, tens muito pela frente... Mas se seguires o teu caminho e lutares pelo que queres, sei que vais ter muito sucesso... E sabes... Sempre gostei muito de ti.

O peso da mala, dos livros, da roupa invernal, dissiparam-se. A estação ficou vazia. Era só eu e o sorriso do senhor João. Como é que, em tantos anos, teve que ser agora? Mostrei um sorriso enorme, com certeza o maior e mais sincero que tenho, agradeci em grande escala e antes de me enfiar no barco rumo á tempestade de perguntas interiores, chegou a bom porto a resposta.

- Sabes Ana, no ano passado tive um cancro. Estive muito mal, ás portas da morte, mas não quis que ninguém soubesse. Fui só eu e a minha família. Sofri muito... Mas agora já estou bem. Tenho feito exames regulares e voltei a ir á terra. Voltei a encontrar os meus amigos de miúdo, a falar com os vizinhos e a sair de casa. Estou feliz.

Ah pois esta! Felicidade é sem dúvida o apelido do Sr. João! Enquanto o ouvia, imaginava o ar sério e rígido quando lhe falei pela primeira vez. Do deambulo preocupado pela casa, do semblante carregado. E digo-vos, o senhor João parece que rejuvenesceu, aquele sorriso muda completamente a sua postura!
Fiquei muito contente e agradecida pelas palavras do Sr. João. Fiquei muito feliz pela sua mudança, pelo seu aspecto e por ter conseguido superar as dificuldades.

Despedi-me com um longo sorriso e um abraço e vim embora a pensar:

Poderão algum dia as pessoas serem felizes
e aprenderem que só têm uma vida,
que merece ser vivida com toda a intensidade,
sem terem que passar por dificuldades?

Poderá existir um sorriso em todas as caras, em cada momento?

Um sorriso que aqueça, que cure, que ilumine?


Que sirvam estes exemplos para que as pessoas possam aperceber-se da alegria que é estar vivo,
do orgulho que é poder viver.

Bem-haja, Senhor João! E agora que aprendeu a sorrir, faça-o sempre. Fica-lhe bem! :)


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nada do que queremos cai do céu!

"Um homem pobre que vai à igreja todos os dias, reza diante da estátua de um grande santo:
"Querido santo, por favor, por favor, por favor...
Conceda-me a graça de ganhar na lotaria."
Este lamento dura meses.
Por fim, irritada, a estátua ganha vida, baixa os olhos para o suplicante e diz, com uma repulsa cansada:
"Meu filho, por favor, por favor, por favor... Compre um bilhete." "
(In Comer, Orar e Amar)


Todos nós gostaríamos que os nossos desejos e ambições se satisfizessem sem que tivéssemos de fazer algo em prol disso. Mas as coisas não são assim!
Às vezes custa, leva tempo, é difícil. Mas quando se luta pelo que realmente se quer, a palavra esforço transforma-se em convicção!
E para além disso, que objectivo teria o mesmo sabor, a mesma significância, se não fosse conseguido com trabalho e empenho?

Sempre que pedes algo, a resposta vem. Poderá não aparecer na forma do que queres, mas certamente figurará naquilo que precisas para atingires o que pretendes.
Por muito que por vezes te apeteça, não pares de lutar. A vida é assim mesmo, um desafio constante! E tu, o guerreiro que terá muitos finais felizes ;)


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Igualzinha a ti :)

Eu também tenho as minhas dificuldades.

Quantas vezes tropeço, tento equilibrar-me, balanceio para cá e para lá e caio. Fico estendida no limiar da minha significância, a pensar nas piores coisas.
Normalmente, tenho dúvidas. Muitas! Também me questiono, duvido de mim mesma, sofro por isso e faço sofrer quem está ao meu redor.
Quando me sinto em aperto, sou muito pessimista. Choro, faço birras, penso que o mundo vai desabar. E nessas alturas, como eu desejava que num estalar de dedos tudo pudesse ficar diferente!
Também eu quero desaparecer de vez em quando. Fugir de mim, de todos, de tudo. Meter-me na cama, agarrar-me á almofada e chorar até que a dor se veja diluida nas minhas lágrimas.
Também eu queria que tudo desse certo... Que todos os meus esforços, sacrificios e projectos dessem frutos e se concretizassem como eu tanto desejo!

Ser Humano é isso mesmo: Sentir, ser, pensar, agir.
Mas mais do que isso: Aprender e melhorar.
Em cada tropeção, guardarei cada obstaculo que se coloca diante de mim como uma pedra preciosa, porque me fez crescer. Não há melhor professor.
Em cada balanceio, busco a força do vento que levará os meus medos e ânsias para bem longe.
Em cada queda, encontrarei chão firme para que nunca me esqueça de onde vim, o que sou, onde pertenço.

Quando estou triste, sabes o que me faz ficar melhor, o que me faz sorrir?

Pensar.

Pensar nos meus objectivos, nos meus sonhos, no futuro que quero para mim.
Na minha familia, nos meus amigos, em cada momento tão maravilhoso e tão único! No que vou ser, na familia que vou criar, no que acabarei de construir!

E sorrio com tudo o que penso.
Assim já estou melhor.

As lágrimas caem, mas são feitas de partes boas de mim.
È felicidade por viver cada dia singularmente, agradecimento por cada aprendizagem, ambição de ir mais além, esperança, força, atitude.

Não, não vivo de sonhos. Vivo daquilo que sou e do que vou ser! Se sou esperança, serei realidade, se sou futuro, serei presente, se sou sorrisos, serei gargalhadas!

Eu quero, eu posso, eu consigo!


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A ÁGUIA QUE (QUASE) VIROU GALINHA



Era uma vez uma águia que foi criada num galinheiro. Cresceu a pensar que era galinha. Era uma galinha estranha (o que a fazia sofrer). Que tristeza quando se via reflectida nos espelhos das poças d’água, tão diferente! O bico era grande demais, adunco, impróprio para catar milho, como todas as outras faziam. Os seus olhos tinham um ar feroz, diferente do olhar ...amedrontado das galinhas, tão ao sabor do amor do galo.
Era muito grande em relação às outras, era atlética. Com certeza sofria de alguma doença. Ela só queria uma coisa: ser uma galinha comum, como todas as outras.
Fazia um esforço enorme para isso. Treinava bicar com bamboleio próprio. Andava meio agachada, para não se destacar pela altura. Tinha lições de cacarejo.

A sua luta para ser igual levava-a a extremos de dedicação política. Participava de todas as causas. Quando havia greve por rações de milho mais abundantes, ela estava sempre na frente. Fazia discursos inflamados contra as péssimas condições de segurança do galinheiro, pois a tela precisava ser arrumada, estava cheia de buracos (nunca lhe passava pela cabeça aproveitar-se dos furos para fugir, porque o que ela queria não era a liberdade, era ser igual às outras, mesmo dentro do galinheiro.

Um dia, um alpinista que se dirigia para o cume das montanhas passou por ali.
O alpinista viu a águia no galinheiro e assustou-se.

- O que tu, águia, está a fazer no meio das galinhas?
Ela pensou que estava a ser gozada e ficou brava.

- Não me gozes. Águia é a tua avó. Sou galinha de corpo e alma, embora não pareça.

- Galinha coisa nenhuma - replicou o alpinista. - Tu tens bico de águia, olhar de águia, rabo de águia. ÉS ÁGUIA. Deverias estar a voar! - E apontou para minúsculos pontos no céu onde, muito longe, águias voavm perto dos picos das montanhas.

- Deus me livre! Tenho vertigens das alturas. O máximo, para mim, é o segundo degrau do poleiro. - Respondeu a águia.

O alpinista percebeu que aquela discussão não ia a lugar nenhum. Suspeitou que a águia até gostava de ser galinha, coisa que acontece frequentemente.
Voar é excitante, mas dá calafrios. O galinheiro pode ser chato, mas é tranquilo. A segurança atrai mais que a liberdade.
Assim, terminando a conversa, agarrou a águia, enfiou-a dentro de um saco e continuou a sua marcha para o alto da montanha.
Chegando lá, escolheu o abismo mais fundo, abriu o saco e sacudiu a águia no vazio. Ela caiu. Aterrorizada, debateu-se furiosamente procurando algo a que se agarrar. Mas não havia nada. Só lhe sobravam as asas.

E foi então que algo novo aconteceu. Do fundo de seu corpo galináceo, uma águia, há muito tempo adormecida e esquecida, acordou, apossou-se das asas e, de repente, voou.

Lá de cima olhou o vale onde vivera. Visto dali, era muito mais bonito!
Nesse instante, pensou:

"Tenho pena que existam tantos animais que só podem ver os limites do galinheiro!"

Texto de Rubem Alves, revisão de Ana Emme

TU NASCESTE PARA VENCER. NUNCA PARES DE SONHAR!
SÊ ÁGUIA, VOA ALTO!
E NUNCA DESISTAS DAQUILO QUE REALMENTE QUERES.
ISSO È SER GALINHA!
ABRE AS ASAS E SIMPLESMENTE, ACREDITA!

Xi ♥

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A vida que há em ti

Dói muito.

Mais do que o que a dor externa, a eterna.

Eu sei bem o que é.

Um aperto no peito que teima em não recuar na força que faz. È a ansiedade de dias melhores que nunca chegam, um charco de lágrimas na almofada, o cair de promessas de uma vida repleta de sonhos, desejos, ambições.
E de repente, sem marcação, sem aviso de chegada, as coisas acontecem.

È não saber para onde ir, que caminho seguir, é um não saber se a solidão te incomoda ou se és tu que incomodas á solidão. È não teres culpa mas sentires-te culpada(o).
Inconstância de sentimentos, de atitudes, de quereres. São imagens constantes daquilo que não queres ver.
Uma palavra, uma lágrima. Uma frase, uma vontade de virar pó.

E nunca ninguém compreenderá para além de ti.
O quanto te custa, o quanto mexe contigo, o esforço que fazes para pareceres bem, para dar um sorriso quando só te apetece chorar.
Já passou, já foi há muito tempo, não tens de estar assim, dizem-te.
Se eles soubessem que te sentes como se tudo tivesse acontecido hoje!
E dói, dói tanto que te apetece desaparecer deste mundo.
Largar de sentir, de ver, de tocar. Deixar tudo e passar a ser nada.

Eu sei bem o que isso é.

E por saber tão bem, digo-te que há solução. E que se realmente quiseres que a dor não faça parte dos teus dias, pelo menos não tão intensamente, se quiseres parar essas lágrimas e voltar a sorrir, arregaça as mangas e prepara-te para a batalha.
Não, ainda não há remédios que curem a dor da alma e calem o choro do coração! E por mais que queiras que seja tudo fácil, não vais poder pegar em todos os sentimentos e atira-los ao mar.
Tens que ser tu a cuidar de ti!
Tu e só tu. A apoiar-te, mimar-te, valorizar-te, a confiar em ti.
Não te acobardes, não desistas, não fujas de ti mesma!

E, por favor, não digas que não consegues.

Tu já és um(a) vencedor(a) por teres passado por isso tudo! Já imaginaste a experiência que ganhaste com tudo o que aconteceu? Por tudo o que passaste e o que evoluíste?
Agora, nada poderá derrubar-te!
Se eu consegui, tu também consegues.
Só tens de te encontrar, de pôr as ideias no lugar, saber utilizar as imensas armas que tens aí dentro e ir á luta. Mas lembra-te que nada se faz sem esforço!
Tenho a certeza que um dia, quando tiver noticias tuas, irás dizer-me o quanto é fácil ser feliz :)

Sempre que quiseres desaparecer, encontra-te.
A felicidade gosta de jogar ao esconde-esconde! :)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Uma questão de opinião

Tem dias que me sinto confusa... Não sei em que direcção ir, qual a resposta para o meu problema, que caminho seguir, qual a decisão mais correcta a tomar!
Às vezes faz-me bem conversar com alguém, expor o meu problema e obter uma opinião de quem eu realmente prezo e preciso.
Mas não me posso esquecer que, SOU EU a dona das minhas decisões! E, ás vezes, uma simples opinião pode fazer-me mudar de rota e ficar ainda mais perdida.
Não me vou esquecer que as opiniões dos outros são apenas e só isso mesmo: Opiniões!
Se eu quero deicidir algo da minha vida, tenho que encontrar as respostas em mim mesma:

Quem sou eu?
O que quero e preciso neste momento?
Para onde vou?

Questionar-me todos os dias não é absurdo. È essencial!
Pelo menos assim saberei que os meus olhos verão apenas aquilo que quero ver com o coração.

Um xi ♥

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ela estava nervosa. Aprimorou-se o melhor que podia, que sabia. O melhor vestido do armário, sapatos comprados propositadamente e o rímel que até ali só tinha usado no casamento do irmão. Ocasiões muito importantes! E esta seria, certamente. Tinha a certeza de que aquela tarde iria mudar a sua vida. Pelos seus cabelos, escorriam gotas enamoradas de excitação e expectativa. Nívea timidez, pura sedução. Olhou-se ao espelho pela última vez em casa (iria de certo aproveitar o reflexo das montras) e seguiu. Passo firme, tímida convicção. Hoje era o dia!

Em cima da cama ainda feita, ele acordou num solavanco, esfregou os olhos e desesperou: Estava atrasado! Pegou na primeira t-shirt que encontrou, as pernas não viram outras calças. Passou as mãos pelo cabelo, certificou-se que tinha tudo nos bolsos do casaco e correu. Correu tanto que as gotas da chuva pouco ou nada lhe abarcavam o semblante. Antes, o coração pingava de nervosismo e ansiedade. Estava atrasado. Atrasado!

Deambulando apressadamente pela cidade, ele parou. Com ele, pararam as árvores, as fontes congelaram e o canto dos pássaros deixou de existir. Com apenas uma rua movimentada de distância, entreolharam-se.
Reflexos de desolação, ela reparou no seu aspecto descuidado, desimportado daquele dia icónico que já tinha desejado viver. Ofegante, ele percepcionava que ela já não se encontrava a espera-lo, substituindo-o por um transeunte medíocre com quem partilhava a bebida, aconchegada.

Maldito amor, este!

Ele esquecera-se do encontro, da indumentária, da importância daquele dia. Ela trocou-o na primeira oportunidade que teve, sem esperar por um justificação.
De costas voltadas, ele afastou-se e ela acompanhava-lhe as passadas, noutra direcção. Sem discussões nem choros, continuaram as árvores, as fontes e o canto dos pássaros no seu esplendor. Nunca mais se viram, nem se lhes moveu a paixão de outrora, pela amargura daquele dia.

Este é o final de uma história de desamor que podia ter virado um conto de fadas.
Porque eles não sabiam, não contavam, nem quiseram ouvir o que lhes dizia o coração.


Ela, ansiosa pelo momento, tinha passado horas a preparar-se, sem comer. Na dureza e altivez daqueles saltos, no nervosismo da ocasião, desfaleceu. Valeu-lhe o auxílio de um rapaz que passava, cavalheiro de ocasião, que a agarrou e lhe deu de beber, fortificando-lhe o físico.
Ele, tinha passado a noite inteira à procura daquele anel. Tão tarde que regressou a casa, tão mais tarde que se deitou, decorando a voz do coração numa carta de amor exímia, de letra treinada e ternura repleta.

Se eles soubessem...
Se eles soubessem, nada teria ficado por dizer, por conversar, por entender.
Teriam atravessado aquela rua e ali, bem no meio da cidade, trocariam votos de um amor eterno, que findou pela falta de crença numa eternidade.


Se eles soubessem, nunca, nada, ficaria por emoldurar em palavras o que é sentido com o coração.
E, teriam feito da memória do que não ficou, a realidade do que esperavam.



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quero dormir melhor!

Esta noite lutei contra o sono.


Não fui bem eu, foram os meus pensamentos que se tornaram donos de mim. Domaram-me perfeitamente, seguraram as rédeas da minha viagem á terra do sonho, tiraram-me o conforto e deixaram-me andar a vaguear, perdida a noite inteira! Encantadores de mentes... Ah, mas a culpa é minha! Quem me manda armazenar estes bichinhos cogitáveis por demasiado tempo durante o dia?! A culpa é minha!

E de repente sinto-me melhor por isso. Para mim, é bem mais reconfortante ter a noção de que fui eu que me magoei a mim mesma. Ser magoada pelos outros dói tanto... Mas que sentimento de reprovação que nutro quando me apercebo do mal que me faço!
Hoje não dormi a noite toda e a culpa é minha. Basicamente é isto.
Ah, antes fosse tão básico!

Às vezes tenho medo de dormir, só porque sei que vou sonhar com tudo aquilo que andei a cismar o dia inteiro. Coisinhas estúpidas, sentimentos que me doem, frases que não entendi e que tive vergonha de pedir para reexplicar... Oh, que pesadelo!
Acho que a minha mente já deve estar cansadinha de tantos nós. Quero desata-los de uma vez por todas!
Espírito firme: ok! Consciência daquilo que quero e me faz bem: Feito! Força de vontade: Presente! Muito bem, estou pronta para mais uma luta interior!
A partir de agora não vou ter medo de me enfrentar. Mas quem manda aqui, ah?!

Vamos lá colocar tudo no devido lugar:

As imagens que possuo na minha mente e não querem sair, brinco com elas.
Imagino-as á minha frente. Depois, coloco-as a preto e branco e vejo-as cada vez mais velhas, a rasgarem de tão antigas, cada vez mais finas, desvanecidas... Estão-se mesmo a desfazer! Tchi, estão mesmo muito velhas, tão velhas que estão a virar pó! Um pó cada vez mais fino, mais fino ainda, cada vez mais... Um sopro, uma rajada de vento e...


SSSSSSSSSSSSS!

Foi-se!


E quanto ás 3 fatias de pizza de ontem que me estão aqui atravessadas e que não devia ter comido porque vão tornar-se calorias que são pesadelos na balança?! Ah, sentimentos de culpa, que pesados que são!

Vou torna-los leves:
Ontem, souberam-me mesmo bem aquelas fatias de pizza. E de que vale estar a queixar-me agora e a sofrer se o mal já está feito?! Prefiro substituir o sentimento de culpa pela lembrança do prazer que as fatias me proporcionaram, pela companhia, pelo agradecimento daquele dia tão bem passado, pelos risos, pelas brincadeiras! Hmmm... Que bom!

E quando não perceber o que me dizem?! Deixo a vergonha de lado. Quem gosta de mim assim, gostará sempre e entenderá que eu preciso de uma resposta! Vou perguntar as vezes que forem precisas, sem medos nem vergonhas!

E faço isto as vezes que forem necessárias. Educando o meu consciente, reeduco o meu inconsciente e nada de domina, se eu própria assim o desejar!
Tenho que me tratar bem. Possuo todas a ferramentas necessárias para ser o que quero e como quero!

Até posso mudar o mundo se quiser. Mas hoje acho que prefiro dormir.