Isto de andar de meios de transporte, sejam eles quais forem, é sempre muito complicado. Basta um minuto perdido, um segundo a mais a ver uma montra interessante, ou um atraso de alguém que não se dê muito bem com as máquinas de bilhetes e lá se vão os planos de chegar a algum lado a horas. Ainda há quem tente apanhar o transporte, crentes de que as portas abrir-se-ão de repente e o condutor faça uma travagem brusca… Mas depois é vê-los correr, bater no vidro, a gritar a bons pulmões para pararem o diabo do veículo. Por vezes dá vontade de lhes dizer adeus e fazer um sorriso safado como quem diz “viesses mais cedo!”, mas depois fico com a sensação de que é melhor não. E se me acontece a mim? E se me dá para fazer o mesmo? Ainda bem que nunca o fiz.
Tudo isto porque no fim-de-semana passado os meus pais decidiram levar-me ao terminal dos autocarros no Porto, para fazer a minha viagem habitual até Viseu. Até aí tudo muito bem, se não tivéssemos apanhado uma fila imensa na portagem, encontrássemos a maior parte dos semáforos vermelhos e nos deparássemos com meros condutores de fim de semana que se habituaram a andar a 20 á hora para melhor puderem apreciar as pernas das meninas ou o rabiosque de um moreno mais jeitoso.
O certo é que quando cheguei ao terminal o autocarro já ia a sair. E eu, figura triste das minhas divagações de utilizadora de meios de transporte, fui a correr ao lado do autocarro, a bater na porta e acenando vivamente para que pudessem dar conta da minha presença e parassem o veículo.
Quando finalmente o consegui chamar á atenção (do motorista e do número infindável de pessoas que estavam no terminal) lembrei-me que ainda tinha que tirar o bilhete. Desculpas para lá e para cá, lá fui a correr de saco ás costas feita tolinha pelo terminal fora.
Para piorar a situação deu-me mais jeito entrar pela porta errada, e como estas eram automáticas não abriam do lado onde eu estava. E lá bati eu ao vidro, pus mais vinte pessoas a olharem para mim, passei por uma fila indeterminável de gente a pedir muitas e muitas desculpas para puder passar á frente. E lá tirei o bilhete, o funcionário ainda me deu o bilhete errado, depois engana-se no troco…e ainda me diz que se não fosse tão bonita o motorista de certo não esperaria tanto tempo por mim!
Esbocei um sorriso aparvalhado e lá corri de novo para a camioneta. Mais uma centena de desculpas ao motorista, mais uns minutos de atenção por parte das pessoas que me olhavam espantadas…e lá me sentei envergonhada.
Quando finalmente tive tempo para parar e pensar na minha figura e no que me tinha acontecido cheguei á conclusão que não vou sequer pensar mais em rir-me ou dizer adeus quando vir alguém na mesma situação. Vou antes pensar em puxar a alavanca de segurança ou berrar até que a voz me doa para o motorista parar e deixar entrar as pessoas atrasadas. Tenho-o dito! Brevemente serei notícia nos jornais e apelidada de embaixadora da boa vontade nos transportes públicos. Duvidam?!
Tudo isto porque no fim-de-semana passado os meus pais decidiram levar-me ao terminal dos autocarros no Porto, para fazer a minha viagem habitual até Viseu. Até aí tudo muito bem, se não tivéssemos apanhado uma fila imensa na portagem, encontrássemos a maior parte dos semáforos vermelhos e nos deparássemos com meros condutores de fim de semana que se habituaram a andar a 20 á hora para melhor puderem apreciar as pernas das meninas ou o rabiosque de um moreno mais jeitoso.
O certo é que quando cheguei ao terminal o autocarro já ia a sair. E eu, figura triste das minhas divagações de utilizadora de meios de transporte, fui a correr ao lado do autocarro, a bater na porta e acenando vivamente para que pudessem dar conta da minha presença e parassem o veículo.
Quando finalmente o consegui chamar á atenção (do motorista e do número infindável de pessoas que estavam no terminal) lembrei-me que ainda tinha que tirar o bilhete. Desculpas para lá e para cá, lá fui a correr de saco ás costas feita tolinha pelo terminal fora.
Para piorar a situação deu-me mais jeito entrar pela porta errada, e como estas eram automáticas não abriam do lado onde eu estava. E lá bati eu ao vidro, pus mais vinte pessoas a olharem para mim, passei por uma fila indeterminável de gente a pedir muitas e muitas desculpas para puder passar á frente. E lá tirei o bilhete, o funcionário ainda me deu o bilhete errado, depois engana-se no troco…e ainda me diz que se não fosse tão bonita o motorista de certo não esperaria tanto tempo por mim!
Esbocei um sorriso aparvalhado e lá corri de novo para a camioneta. Mais uma centena de desculpas ao motorista, mais uns minutos de atenção por parte das pessoas que me olhavam espantadas…e lá me sentei envergonhada.
Quando finalmente tive tempo para parar e pensar na minha figura e no que me tinha acontecido cheguei á conclusão que não vou sequer pensar mais em rir-me ou dizer adeus quando vir alguém na mesma situação. Vou antes pensar em puxar a alavanca de segurança ou berrar até que a voz me doa para o motorista parar e deixar entrar as pessoas atrasadas. Tenho-o dito! Brevemente serei notícia nos jornais e apelidada de embaixadora da boa vontade nos transportes públicos. Duvidam?!