quarta-feira, 7 de maio de 2008

E vou voar


Não tenho uma ideia bem ciente daquilo que poderei escrever, só a vontade de poder falar, relatar e reviver,
Todas as recordações de relações inultrapassadas, que deixaram marcas num coração com dores mais que vincadas.
Sentimentos quentes, num mundo frio onde o tempo é morno e os pensamentos escaldantes, vivo para o momento, mas recordo-te antes, por instantes, mesmo com o cérebro a querer sentir outra batida. E curto a minha moca para viver sem pensar, bebo mais um copo para esquecer o que sou e o que fui. Porque eu vou, e hoje não estou, vou querer viver a minha vida.
Vou fingir que não me conheço, nem sei o que faço e digo, para alcançar, ou pelo menos tentar sonhar e realizar tudo o que nunca consigo.
Choro há anos sem saber bem porquê, misturando um passado pesado, uma infância difícil e um corpo que nunca quis.
Por entre seres cavos, pensamentos básicos, sentimentos sádicos e um país infeliz vou contrariando o rumo natural das coisas e lutar pelo meu futuro, o único na minha existência que me dá um caminho seguro que me leva bem longe daqui.
E voo sem olhar para trás, só me lembras coisas vãs e para onde quer que vás não vou atrás de ti.
E sou mais coerente, enfrento a vida de frente, penso na minha gente, mas tenho a função principal.
Vou voar sem ninguém ver para não dar a entender que vou ter saudades tuas, porque até parece mal.
E vou seguir a minha senda sozinha e sempre atenta á minha musica e aos meus livros. Vou voar para não ficar, nunca morrer sem tentar, ganhar importância para ajudar quem me ajudou 20 anos sucessivos.
E 3 anos de longitude não chegam para apagar amiúde a gratidão da ajuda que me deram, excluindo-te. Porque tudo aquilo que me ofereces-te foi algo que nunca tiveste e voou com a existência de ti.
Vou levantar voo e fugir, alcançar sem desistir, percorrer para brilhar.
E se nos voltarmos a ver vou fazer o que puder e como uma grande mulher voltar-te-ei a abandonar.

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